de oxidar o açúcar.
não se rasga algodão com faca.
um corte palpável é mais palatável e exige
a ponta dos dedos.
sem essa delicadeza é provável
a lâmina enferrujar o doce,
o doce descer pela garganta feito lã-de-vidro
e na entrada do esôfago parar, moído
entalado,
obliterado,
para o vidro não correr.
Ana Claudia Abrantes
5 comentários:
gostoso vir aqui... Ana! Como é bom!
bjo
Não se rasga algodão com faca.
Este é o meu nó na garganta.
Como é bom conhecer novas perspectivas de escrita. Gostei do eu jeito de escrever. Se você lembrou um pouco de Vinicius de Morais ao ler um poema meu; este, me fez lembrar do homem que considero o maior poeta das terras brasileiras: João Cabral de Melo Neto. Foi impossível, para mim, que leio Cabral como se fosse uma oração diária, não me lembrar de Uma Faca Só Lêmina. Mas o que mais gostei mesmo foi de reconhecer Cabral em uma escrita diferente do próprio poeta, ou seja, cheia das suas experiências, Ana. Creio que será um ótimo negócio visitá-la mais vezes.
nós... lindo!
Ana,
Vim agradecer suas palavras carinhosas, entro aqui, leio aos poucos seus escritos..
Impossivel não ficar aqui, te ler, me encontrar em tantas coisas.
É minha querida:
Não se rasga algodão com faca!
Perfeitooooooooo!
Um abraço meu!
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