forçar a língua para lamber à frente
é tanto inventar aspectos verbais impensados quanto conjugar flores do campo e orquídeas
num só arranjo.
criar e forçar.
sentir queimar a língua, alongando-a úmida, dói e arde.
elástica língua, como partes do corpo, berrando impropérios ou gemendo
acordos.
tensionar ao limite a distância espacial,
mas não romper a fibra.
solucionar o desfecho com a geografia de um de nós
aberta no sofá da sala.
.
.
.
.
.
passada a chave, nós dois.
Ana Claudia Abrantes
Nenhum comentário:
Postar um comentário