tragam-me biscoitos amanteigados e vinho fresco
e eu os honrarei com vontade, como se fossem vinho e hóstia.
depois eles fermentarão por horas
e eu os espargirei com o diafragma, em jatos,
sobre a pia; são a náusea desses dias.
e a resposta às minhas orações
tem secreções que pingam
pelo ralo.
Ana Claudia Abrantes
3 comentários:
Excelente.
Tens imenso talento poético (já o sabia, mas neste poema subiste bem alto...).
Beijos, Ana Claudia.
mas não deixe de ter fé!
bjsmeus
ah, concordo com nilson.
Meu Deus, me impressiono e aprendo mais a cada verso teu. Maravilhoso, como sempre. Beijos.
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