Juliet está florindo de novo, e entre a clavícula e a tíbia ela engordou. O seu corpo no chão as coxas grossas sustentam. E o ventre a cada dia se insinua, não por semente, mas por idade. Os seios continuam, por enquanto saltitam para, quem sabe, perfurar pensamentos ou para arrancarem-se os bicos. Servem. O rosto nunca mais o mesmo os sulcos
cada dia mais profundos os olhos...
nunca mais inocentes, mas eles continuam brilhando por saudade.
Juliet está florindo de novo.
Arranquei as flores velhas e secas quando vi que não podiam mais e agora
eu vou queimar os meus gravetos e veias, pois só brotando de novo eu poderei
ser Juliet também.
Ana Claudia Abrantes
7 comentários:
Uau! Muito bom, moça!
Beijo e obrigada por sua visita amistosa ao meu Teatro.
Querida Ana,
navegando te encontramos, que presente!
Doce " Juliet" que esta em tantas mulheres...
Parabens!
Esperamos retribuir com o mesmo carinho no nosso blog
Seguiremos seus caminhos...
bjs
Lulu & Sol
Belíssima valsa nas linhas do tempo
que bonito o texto em pura poesia.
Parabens.
maurizio
"cada dia mais profundos os olhos...
nunca mais inocentes, mas eles continuam brilhando por saudade.
"os olhos sempre eles a nos dizer tantas coisas com seus silêncios e dores
Adorei o blog, vim fazer uma visitinha e virei seguidora. Espero em breve vc no meu Mundo!
Enorme beijo e sucesso!
é preciso arrancar as folhas velhas para renascerem outras novas.
amei o texto.
bjs meus
Postar um comentário