terça-feira, 21 de abril de 2009

Ordem e contra ordem

Nada há de imperativo no meu comentário; nada em mim é muito imperativo. Apenas aponto um dedo imperialista quando estou afirmativa; por te querer, Norma, tão longe que eu possa te medir melhor. Mas não me aponte; aponte as palavras (a ponte: as palavras), assim me calo. Se é uma ordem , minha vontade é nenhuma. Se o tom é áspero, então não me apaixono. Se tem de ser agora, eu não faço. Manda quem pede por favor, obedece quem fica de quatro. Nada que me impera me prende. Não por todo o tempo. Mas vivo subjúdice ao poema. E, por isso, tantas vezes, aparentemente muda.




Ana Claudia Abrantes
21 de abril de 2009

2 comentários:

:: Soul Sista :: disse...

Nossa Annacrônica, suas palavras mobilizam nossa mente e nos deslocam para o gordo lugar nenhum, espaço-tempo e meio da poesia. Os seus "Ordem e contra ordem" e "Vesuv&ana" são foda, ein! Desculpe aqui o baixo-calão, mas saio deles em saudável confusão mental.

Um grande beijo!

Ana Claudia disse...

Fabi, a-do-ro palavrão com poesia, tudo ok. Cada coisa em seu lugar, mas meio misturado, né (risos).
Você sai assim dessas palavras é? Puxa...