quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

oito/oitenta - vida/morte

oito
já procurei a cama no ângulo certo / para aquecer a bunda no sol pela janela.

oitenta
também abro as pernas aos ventiladores / para refrescar o sol de fevereiro.

A seca é grande depois da tempestade, não a bonança.
Mas enquanto fizer sol pela manhã, a cirurgia não acaba,
nem a esperança.



Ana Claudia Abrantes

5 comentários:

Letícia Palmeira disse...

É uma prosa grande dentro de um poema.

E não esquece de me mandar teu endereço, Ana.

Bjo procê.

Yan Venturin disse...

Muito bonito como sempre, li algumas vezes, todas me trouxeram segnificados diferentes, porém ambos tocantes... Parabéns pelos muitos poemas talvez 8, ou 80, todo9s dentro de 1. Beijos.

Anônimo disse...

Que interessante, meu último poema tem o título 8 ou 80. A abordagem é diferente, claro. Mas adorei esse seu jogo de metáforas, ficou ótimo!

Beijo.

Tuca Zamagna disse...

Muito bom, Ana. Como todas as outras postagens que li aqui.

Abraço

Tuca Zamagna disse...

Voltando depois de testar a receita.

oito
esqueci do protetor solar e fiquei três dias sem poder sentar.

oitenta
resfriado no saco é um idem!