terça-feira, 16 de março de 2010

Como e por que ler os clássicos universais desde cedo

"... Mas lembro sobretudo e para sempre de como eu torcia por aquele herói que queria consertar todos os erros do mundo, ajudar todos os sofredores, defender todos os oprimidos. Em seu esforço para lutar pela justiça e garantir a liberdade, o fidalgo não hesitava em enfrentar os mais tremendos monstros, os mais pérfidos feiticeiros e os mais poderosos encantamentos. Nunca desanimava, mesmo tomando cada surra terrível, quando esses perigos ameaçadores se revelavam apenas alguma coisa comum, dessas que a gente encontra a toda hora no mundo. E então as pessoas achavam que Dom Quixote era maluco, riam dele...
Eu não ria. Metade de mim queria avisar ao cavaleiro: "Fique quieto no seu canto, não vá lá, não, porque não é nada disso que você está pensando..." A outra metade queria ser igual a ele. Até hoje." (Ana Maria Machado em Como e por que ler os clássicos universais desde cedo)

Quanto às ideias que passamos sobre os livros na nossa prática profissional:
Concluo que somos capazes de filtrar tudo erradamente, ou filtrar acertadamente para os olhos e ouvidos mais incapazes de ver e ouvir. Acho que algo que eu faça com paixão ganha o perdão da entranha. O leitor cresce, se solta. Ele há de fazer seus outros e próprios filtros. Como Ana Maria M. fez.
Eu me ofereço o perdão da entranha.

Ana Cl.
hoje

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