terça-feira, 26 de maio de 2009

xeque-mate

xeque-mate
ei, você que segue! não leia, não veja,
aquilo que te beija não é a virtude. deseja o poema primitivo ou o bom texto? pois meu fruto tem água ao morder; tem um gosto sumarento e cheiro de terra molhada escorrendo pela boca e pescoço. depois, não sei como eu mesma vou lambendo o veneno que me escorro dessa fruta doce, mas com a cica dos dias aqui. também da língua alheia sai palavra enfeitiçada, que me larga encantada na esquina. fico olhando frases que me dão as costas como tantas coisas belas pelas costas eu já vi, boas e ruins. risos. depois sinto o caroço_

o xeque-mate:
quando minha palavra morde a entrelinha, fiz um poema bom e paro.

Ana Claudia Abrantes
25/05/2009

Nenhum comentário: