Nunca estive tão encharcada
na água suja e fria das poças de verão.
Nunca estive tão encharcada
em sangria que sobrou de 2008.
Nunca estive tão encharcada em honey mustard.
Nunca estive tão mais que úmida, tão súdita, tão sem nome
Nunca estive tão puzzle
e, tão súbita, única poeta que sobreviveu.
Nunca estive tão só e tão em frente sem saber...
Nunca estive tão apesar de.
Nunca estive tão chuva, tão culpa, tão runas, tão tarô.
Nunca estive tão hídrica, em fim.
Nunca estive tão meio-centro, tão lenta: tonta, tão líquida: tinta, tão tom.
Nunca estive tão noite escura da alma e alguma aurora.
Ana Claudia Abrantes
janeiro de 2009
Um comentário:
Ai, ai...(suspiro)
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