sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Palma da mão

O mundo inteiro cabe na palma da mão da vidente, que mente se diz que meu coração é forte. Na palma da mão da vidente todos os destinos se encontram: hipertextos cruzados de vozes cruzadas. Ouço as vozes todas que questionam o destino cujo mal e bem se escondem na dor de não saber: e o amor? e o que será de mim? e haverá dinheiro? e haverá gana? haverá cama? haverá lama, fama, chama, alma? haverá amor?
A palma da mão da vidente é onde os mares principiam, onde a vida recomeça em festa vã e-terna, e a morte espera calmamente a sorte do dia d de alguém. Como num ponto em que todas as linhas se superpõem e se constituem no norte da rosa dos ventos _ uma rosa de norte e sul, leste e oeste em S e no centro um grande O: SOS norteando para o infinito azul.

Depressão matutina, mas a manhã estava, diferentemente dos outros dias, dos meses que se seguiam frios, a manhã estava azul. É com a cor azul que recomeço essa história.

Continuo a escrever (agora menos)... e a viver. Mas sem saber o que há na palma da mão da vidente, ou sem conhecer as linhas do meu caminho; sem fazer diretamente as perguntas que me sufocam e sufocam a todos nós.

Eu nasci azul, de tão abafada...

3 comentários:

Aichego disse...

Oi Ana.
Aqui é a Bárbara, da Josiane.
Vim devolver a visita.
Espero que me desculpe a demora e a pressa. Ando trabalhando um pouco demais e abandonei as visitas, as gentilezas e os blogs. Pelo menos até o fim da confusão de muitos trabalhos (que se aproxima). Veja você, são 4:15 da manha e estou no trabalho.
Prometo voltar com mais calma depois.
Um abraço,
Bárbara.

ps: como conhece a josiane?

Roberta Saavedra disse...

que lindo.

Ana Claudia disse...

Tentei acessar o seu também, Roberta, onde está?
Um beijo,
Ana Claudia