belvedere é belo
vide o reverso do mergulho do estar de pé
olhando o mergulho que se queria dar na paisagem.
belo é ver o céu que se prolonga no horizonte
e que escorre até a copa das árvores.
belvedere é o caldo, a pasta, o caudaloso rio.
belvedere é sempre um convite ao suicídio.
e de intenso hipnotiza os olhos,
paralisando a voz ativa do ego.
única beleza toda que não se possui nem se alcança
porque, ao se alcançar, desmancha-se
em parte solta e insossa.
belvedere só o é assim:
intangível e muito ele próprio
panorama de si.
existência indenpendente
como deveria poder ser toda beleza.
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