Sentou à janela tendo chegado agora. Botou o pé no encosto da cadeira. A mão no queixo, o olhar atento, caderno aberto. Ouviu os dois minutos finais e palpitou. Tudo o que tinha a dizer era o mesmo, sobre o qual já se havia falado, mas sua voz é sonora. Ele pensa que é destoante a sua voz e que é mais alta. Ela só é sonora. O galã revoltado com a fofice do mundo, ele mesmo um fofo.
Ana Claudia Abrantes
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
brevíssimos XII sem títulos
por que não.
com você, meu rei de copas,
eu seria sempre
uma sacerdotisa indo embora.
a jugular arfou,
mas acabou em coágulo.
tomilho, açafrão, noz moscada
frutas coadas, balas e gomas
predadores do mar xenofóbicos
contra o câncer.
o vício linguístico é lícito.
Ana Claudia Abrantes
com você, meu rei de copas,
eu seria sempre
uma sacerdotisa indo embora.
a jugular arfou,
mas acabou em coágulo.
tomilho, açafrão, noz moscada
frutas coadas, balas e gomas
predadores do mar xenofóbicos
contra o câncer.
o vício linguístico é lícito.
Ana Claudia Abrantes
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
história da aranha pelas vidas
na primeira vez veio borboleta
com a asa quebrada desde a saída.
na segunda foi formiga
forte, mas neurastênica.
na terceira, um pequeno mosquito, mas nunca
até então nunca tinham-na visto aranha
delicadamente felpuda.
Ana Claudia Abrantes
com a asa quebrada desde a saída.
na segunda foi formiga
forte, mas neurastênica.
na terceira, um pequeno mosquito, mas nunca
até então nunca tinham-na visto aranha
delicadamente felpuda.
Ana Claudia Abrantes
Assinar:
Postagens (Atom)