Os advérbios de tempo carregam noções diversas.
O "agora" acorda todos os sentidos e suas urgências. Ele vem como vai, depressa. É um tempo que não existe porque se consome naquilo que consome.
O "ainda" é a angústia da demora. O bom que ainda não veio, o mau que ainda não terminou.
"Nunca" é peremptoriamente o não. Redondo. Enquanto que o "sempre" é a eterna delicadeza do sim: a cor branca, a letra a, a porta aberta. Ambos, no entanto pecam pela presunção.
Mas essa aula de gramática não existe, talvez seja "só" poesia...
(Uma anacrônica pensando a vida. E os poemas seguem...)
Um comentário:
Que definições impecavelmente belas.
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