segunda-feira, 2 de junho de 2008

O caminho reverso: de borboleta à lagarta







Uma sanguessuga desprende um ferrão. E embora poucos tenham visto a agulha desta que aqui vos fala, ela fere. Mas é teu próprio incômodo o que me desarma e quebra minha agulha, coisa que tua indiferença não conseguiria. É que entre a mordida e o beijo a distância é mínima. E se uma gota de vida pendesse de tuas narinas símias para meus dedos, eu tocaria de leve, com (nossa(?)) compreensão, teus olhos quem sabe semi-cerrados aos meus medos/defeitos humanos, caso não tivesses insistido, "até então", em me veres ninfa.

Ana Claudia Abrantes

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