Tempo sobre tempo, tom sobre tom, pele sobre pele, som sobre som. Beijo sobre corpo , luz sobre vela, quente sobre frio , tela sobre tela. Beijo no espelho, tchau pelo retrovisor, paixão por narciso, dor sobre dor. Vento sobre folha, sobre vestido, sobe à perna, sopro no ouvido. Dupla imagem do mundo, do imundo, véus e transparências: foto-montanhas.
Vida água corrente, devastando nos rios
as imagens caudalosas da copa das árvores,
avassaladoramente velozes.
Ana Claudia Abrantes (foto e poema em prosa)
5 comentários:
Bela cena de um lirismo... Os olhos do macaco! Olhos fechados e meio travados do menino. Um dos cafés da uerj, as mesas, o balcão ao fundo e... talvez a fotógrafa e seu celular...
Então, tudo é tão algo que é ele mesmo e é outro.
Da série "Superposições": podem-se superpor pessoas, fatos, realidades e sonhos, sentimentos, imagens...
Velocidade e, na junção de tudo, o colorido, virando o branco da calma. Quem sabe?
:)
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